Segurança

Criminalidade deve reduzir em Santa Maria

Pâmela Rubin Matge

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Depois de  finalizada a Operação Labor,  força-tarefa que envolveu a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), a Brigada Militar e as polícias Civil e Federal na última sexta-feira, em que 35 dos 99 presos dos regimes aberto e semiaberto fiscalizados não estavam em seus locais de trabalho, órgãos de segurança preveem ações para frear a criminalidade em Santa Maria.

Os apenados que não foram localizados no local de trabalho durante a operação terão de apresentar uma justificativa. Se ela for aceita, mediante atestados ou outros meios de comprovação, eles retornam normalmente ao Instituto Penal de Santa Maria (Ipesm).

Caso contrário, os presos ficarão 10 dias em isolamento preventivo até que a Justiça avalie se as justificativas serão aceitas. Segundo o delegado substituto da Susepe, Julio Cezar Bolzan Milese, a decisão caberá ao juiz da Vara de Execuções Criminais (Vec), Fabio Marques Welter, o que pode variar de acordo com cada caso.

 _ A nossa intenção é fazer mais fiscalizações até o final do ano, trabalhando em conjunto com os demais órgãos de segurança e setores de inteligência. Apesar de o efetivo não ser suficiente, o pessoal da Susepe está trabalhando com horas extras e fazendo uma carga horária superior à que já faz. Também seguimos fazendo um trabalho de inclusão penitenciária, o que, às vezes, é difícil porque as pessoas não querem dar emprego para presidiários _ explica o delegado.

Para delegado regional, é preciso haver uma mudança na própria Constituição

O delegado regional de Santa Maria, Marcelo Arigony, tem uma previsão otimista: de que os crimes contra a vida e os roubos diminuam nos próximos dias. Um dos motivos seria a chegada do novo juiz da Vec, que já se reuniu com os órgãos de segurança da cidade para traçar metas e medidas de fiscalizações dos apenados dos regimes aberto e semiaberto. Além da fiscalização, Arigony salienta a urgência de um investimento maciço nos sistema prisional e na mudança da própria Constituição:

_ É preciso uma reinterpretação ou uma mudança na lei. Hoje, a Constituição Federal  proíbe o trabalho forçado, mas o trabalho do preso deveria ser obrigatório _ afirma.

Já a Brigada Militar deve seguir com as fiscalizações de rotina, sobretudo na abordagem de pessoas e veículos, visando apreender drogas e armas e cumprindo mandados de prisão.

_ Em relação aos presos dos regime aberto e semiaberto, os quais são responsabilidade da Susepe, trabalhamos em conjunto nas fiscalizações. A partir desse mecanismo, a ideia é fazer um cerco para frear a violência _ explica o subcomandante do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon), Paulo Antônio Flores de Oliveira.

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